quarta-feira, 20 de novembro de 2013

LITERATURA COMO ARTE E PORTA DE ENSINO PARA O MUNDO

“A entrada no simbólico é irremediável e permanente: estamos comprometidos com os sentidos e o político. Não temos como não interpretar.”


Eni Puccinelli Orlandi (2000a, p. 9)

A relação literatura-arte

Piau (2005, p. 4), ao se interrogar sobre “Arte: que conhecimento é este?”, diferencia a obra de arte, como “produto do trabalho humano que pode ser percebido através de sua forma”, de arte, como “sistema de idéias [sic] que cria as condições para formulação de juízos de valor sobre as obras”. Como ele esclarece, existe uma construção histórica de critérios e parâmetros que permitem a realização desse julgamento. Não sendo nem natural nem universal, o conceito de arte depende de juízos de valor, como pontua o autor, que acusa, ainda, o fato de, na sociedade ocidental contemporânea, a arte não ser considerada como conhecimento em prol da cidadania.
Camargo (2005) apresenta preocupação de certa forma análoga ao esclarecer que o conceito de arte remete a um fazer que se inscreve nos primórdios da humanidade, como manifestação estética. Assim, o objeto da arte, diferente da ciência, “é o conhecimento não sistematizado, tomando-o pelo lado sensível, expressivo” (CAMARGO, 2005, p. 127).
Piau e Camargo articulam dentro dos territórios da Arte como área do conhecimento. Daí a importância para eles de discutir, conceitualmente, arte e obra de arte e suas significações na contemporaneidade. Mas o que interessa a nós, dessa discussão, não é a arte como área do conhecimento ou como obra de arte, e sim a arte como sensibilidade, expressão estética, forma de ver e significar o mundo, que não é desprovida do racional, mas que é entremeada pelo sensível. Até porque, como defende Zamboni (2006, p. 34), “não se deve deixar de reconhecer também que tanto no trabalho artístico como no científico existe um caráter pessoal e subjetivo na forma de trabalhar e de encontrar soluções criativas”.
Nossa proposta aqui é de considerar a literatura infantil como arte e porta aberta ao mundo neste sentido: sensibilidade para ver e significar de formas outras, múltiplas, em aberto, que extravasam o logicamente estabilizado, inscrevem a contradição como constitutiva e não como o impossível de ser aceito. O recorte que fazemos, para pensar essa relação literatura-arte, é justamente pelo jogo de imagens entre imaginário, verbal e visual no livro literário infantil.

Composição entre imagem-visual e texto verbal

Vamos tomar a relação literatura-arte como um jogo de imagens, no sentido de formações imaginárias (projeções do empírico para o discursivo) e imagem-visual (traços de representação não verbalizáveis), em composição com o texto verbal, funcionando como porta aberta de ensino para o mundo.
Consideramos a literatura infantil constituída no e pelo artístico, no jogo de textualizações verbais e visuais que conjugam sentidos e (se)abrem a interpretações.
Para tanto, focalizaremos a composição imagem-visual e texto verbal no contexto da literatura, de modo a sinalizar como essa composição, no texto literário infantil, constrói visões das realidades, no sentido de que existem realidades, no plural, e, portanto, inúmeras possibilidades de representação e significação.
Coito (2012), baseada na perspectiva da Análise de Discurso, discute a ilustração do livro de literatura infantil tendo como foco o posicionamento do ilustrador como leitor e dele como possível autor do texto imagético. Trata-se de uma escolha teórico-analítica e também quanto ao objeto construído, na qual reconhecemos contribuições significativas para se compreender o funcionamento discursivo, ao sair do reducionismo de se pensar a imagem como mera tradução ou complemento do verbal.
Outros trabalhos tem foco específico na imagem, buscando valorizá-la dentro da obra literária. É o caso de um artigo publicado por alunos de graduação em Letras intitulado “A importância das imagens/ilustrações para a literatura infanto-juvenil: compreendendo o texto sob uma nova ótica”, de autoria de Góis, Araújo e Santana Junior (s.d.).
Apesar de considerarmos a relevância dessas perspectivas, como especificidade de nossa proposição o que nos interessa, para este momento, é considerarmos a imagem-visual em livros de literatura infantil em sua composição com o texto verbal na textualização literária, e os sentidos daí advindos como formas de significar e ver o mundo.
Pensamos em composição na perspectiva defendida por Pimentel (2008) ao investigar a relação entre verbal e visual em telejornais de comunicação de massa, quando compreende a notícia sustentada e desestabilização nesse ponto de encontro. No nosso caso, quanto aos livros de literatura infantil, por um movimento metafórico, quanto à abordagem de Pimentel, a composição é tomada na constituição dos sentidos e na sustentação dos efeitos do texto literário voltado a crianças como formas de ver a(s) realidade(s).
Ressaltamos que ao não focalizarmos a autoria no plural como objeto de estudo/discussão, no sentido de separar sujeito-escritor e sujeito-ilustrador, mas pensando na composição verbal-visual como resultado dessas autorias em uma (discursividade), não estamos desconsiderando que isso seja relevante em termos de funcionamento discursivo do literário. Apenas estamos focalizando a textualização desses livros se fazendo no conjunto, nessa composição imagem-visual e verbal, produzindo formas de ver e significar.
Também defendemos que a imagem-visual nesses livros não pode ser reduzida a mero elemento ilustrativo do texto verbal escrito – embora tal abordagem seja mais comum de se ver, como já argumentado. Consideramos que sua composição com a escrita está em relação direta com a poética (como conjunto da obra finalizada) e a poiética (como processo em se fazendo) da obra literária.
Por mais que tomemos o ilustrador do livro como um sujeito que realiza a sua leitura do texto verbal, que pode ser diferente daquilo que foi pensado pelo autor da narrativa escrita, o livro é formado por esse conjunto verbal-visual, e é essa relação que desafia o leitor. Além disso, tanto na escrita quanto nas imagens visuais, colocam-se em jogo as formações imaginárias, ou seja, as imagens que temos para além dos lugares sociais ocupados pelos sujeitos.

Apontamentos para um esboço de leitura(s)

            Nessa perspectiva, tentamos esboçar, sequencialmente, percursos de leitura de três livros de literatura infantil, buscando discutir essa composição entre imagem e verbal na construção literária, de modo a apontar como tal composição vai desenhando sentidos para o mundo, formas de ver, de sentir e significar que podem ou não escapar à visão racional e formal com que somos levados a estar na sociedade/em sociedade.
A literatura infantil, a nosso ver, sendo valorizada nesse encontro entre verbal e imagem, pode favorecer a compreensão de que “os significados não caminham em linha reta. Eles saem da linha, se é que se pode dizer que eles tenham uma” (ORLANDI, 2000b, p. 97). 


A CONSTRUÇÃO DE SENTIDOS POR MEIO DAS IMAGENS VISUAL E VERBAL EM “ROMEU E JULIETA”, DE RUTH ROCHA

Como já discutida a relação literatura-arte como um jogo de imagens que funcionam como elementos produtores de determinados sentidos em um texto literário-infantil, tentamos aqui fazer uma breve análise da obra Romeu e Julieta (2000), ponderando-se questões voltadas às possibilidades de visões das realidades que se constroem nessa obra; visões que permitem ao leitor, de certa forma, levantar inúmeras interpretações. Nesta apropriação de imagens, não obstante, há inclusive versões para ipad da obra no site da editora Salamandra (http://www.salamandra.com.br/catalogo).
A obra de Ruth Rocha retrata a história de duas borboletinhas que vivem em um reino onde tudo o que lá existe se separa/divide pela cor: braco, azul, amarelo, vermelho, verde etc. Em um canteiro de margaridas azuis, existia uma borboletinha chamada Romeu; e em um canteiro de margaridas amarelas, existia, também, uma borboletinha, chamada Julieta. Seus sempre avisavam para que não passeassem em canteiro de outra cor, porque cada cor tinha de ficar em seu lugar.
Um dia, Ventinho, amigo de Romeu, convidou-o para dar uma voltinha pelo canteiro das borboletas amarelas; e Romeu, curioso, resolveu  aceitar o convite. Os dois foram até o canteiro das margaridas amarelas, sem avisarem seus pais. Chegando ao canteiro amarelo, Vetinho apresentou Julieta, uma linda borboletinha amarela, e os dois logo se tornaram amigos. Os três, então, resolveram sair para dar uma voltinha e acabaram entrando em uma floresta. Lá, divertiram-se, mas logo caiu a noite e eles não se lembravam mais do caminho para casa, pois a floresta havia ficado muito diferente. Enquanto isso, lá nos canteiros azul e amarelo, os pais de Romeu e de Julieta estavam preocupadíssimos com seus filhos, pois são sabiam de seus paradeiros. Em meio ao desespero, a borboleta amarela, mãe de Julieta, tomou coragem e foi até o canteiro das margaridas azuis falar com os pais de Romeu, tentando obter notícias de Julieta. Ambos decidiram então falar com o senhor Vento e dona Ventania, partindo todos em uma grande busca.
Quando amanheceu o dia, Romeu, Julieta e Ventinho viram que o céu estava cheio de cores, e ficaram muito felizes ao encontrar seus pais e voltar para casa. Quando chegou novamente a primavera, tudo estava diferente nos reinos... Os canteiros agora exibiam uma mistura de cores: margaridas, cravos, rosas, miosótis, dálias cresciam juntas e misturadas, e brincavam todas em uma grande harmonia.
O breve resumo situa que a obra trabalha com a temática “relações interpessoais”. A própria questão do preconceito, que, de certa forma, caracteriza os pais de Romeu e de Julieta, também entra em cena, quando alertam os filhos: “Não passeiem por canteiros de outra cor! Pode ser perigoso”. Eis uma grande metáfora que problematiza as relações entre raças/etnias: no início da história temos situações limitadoras e preconceituosas; mas com o desenrolar da história, por exemplo, no momento em que as borboletas de cores diferentes brincam entre si, entendemos que a autora aborda de temas como respeito, igualdade e conscientização de que todas as pessoas são especiais e suas diferenças as tornam únicas.   
Com o intuito de chamar a atenção da criança para as relações interpessoais, a autora trabalha intertextualmente com a obra de mesmo título de William Shakespeare, proporcionando aos pequenos contato com obras universais de forma descontraída e com linguagem adaptada para o mundo infantil. Mas não só a linguagem: a imagem aqui é fator primordial nessa grande caracterização de conceitos, metáforas e alegorias temáticas. Não é mera coincidência várias editoras terem se lançado na empreitada de publicar a obra, como vemos:



Edição da Editora Ática (2000) – Ilustrações de Cláudio Martins

Edição da Salamandra, com ilustrações de Mariana Massarani

Dessa forma, as cores das borboletas funcionam como instrumento material que personifica a temática e mostra, de forma criativa, a diferença entre os seres. Com as imagens há associações entre, por exemplo, seus coleguinhas e situações por eles vivenciadas, seja na mistura das cores de tinta, que o tema sugere superficialmente, ou com as cores das borboletas funcionando como gatilho de raciocínio para as crianças perceberem a diversidade que as circundam ao exemplificar que pessoas, cores, línguas, raças, etnias se misturam e se harmonizam.
Ainda com o propósito de despertar interesse no infante para que ele também imagine, se conscientize e crie histórias de sua própria autoria, percebe-se que a história acontece com diálogos feitos por seres da natureza, logo ela também adquire caráter  fabular, com conteúdo moralizante. E por serem borboletas, ficamos com a ideia de transformação, transcendência e renovação. Essa é a mensagem.


VIVINHA, A BALEIAZINHA

            Vivinha a baleiazinha, publicada em 2007 por Ruth Rocha, com ilustrações de Mariana Massarani, narra em terceira pessoa temas como o preconceito e o porquê de dizer não ao bullying assunto polêmico e em voga na realidade da comunidade escolar. Se aportuguesarmos, o termo pode equivale ao verbo "bulir", que de acordo com o dicionário Houaiss é sinônimo de "mexer, causar incômodo, fazer caçoada, zombar entre outros".
            Conta a história que uma baleia passava seus dias em profunda tristeza pelo fato de ter nascido diferente dos outros seres do mar. Ela era toda estampada, com bolinhas, listras e flores. Pois na narrativa Vivinha sofria uma espécide bullying e devido à falta de respeito, evitava se relacionar com os outros. 


Imagem – Capa da edição de 2007 de Vivinha, a baleazinha

Entretanto, sua história começa a mudar no momento em que um produtor precisa de alguém diferenciado para estrelar um filme dirigido por ele, e descobre Vivinha, que a partir de então passa a ditar moda. Todos querem ser como ela. A autora faz uma série de discussões, levantando, principalmente, o questionamento: o que leva as pessoas a agirem com as outras dessa forma? Eis um assunto a ser trabalhado de forma lúdica em sala de aula. Aqui importa dizer que as ilustrações não só dialogam com o texto, mas se impõem como fator primordial da mensagem autoral. Os elementos imagéticos chamam a atenção das crianças em vários sentidos.
Vigostsky, em seu célebre Pensamento e linguagem, considera a comunicação intrapessoal o elemento essencial para o desenvolvimento do pensamento. Para ele, a linguagem se inicia pelo uso social, de contato com outros seres humanos. A partir disso, a criança desenvolve a fala egocêntrica, e em seguida a leitura. Luis Fernando Herbert Massoni, no artigo Ilustrações em livros infantis: alguns apontamentos, explica que a ilustração é um artifício peculiar utilizado nos livros infantis para chamar atenção das crianças, além de também ser uma imagem que pode substituir um texto, ampliá-lo, adicionar a ele informações, ou também questioná-lo. Neste contexto, Ruth Rocha, ao executar a história, cria uma baleia estampada para trabalhar com questões polêmicas de um modo sutil
Massoni ainda destaca que as ilustrações, como instrumentos de formação dos leitores na infância, são utilizadas para fazer com que a criança ligue à história. Não é por acaso que a contribuição do ilustrador torna-se tão destacável quanto a do autor no livro, de tal modo que quando analisamos uma história infantil não podemos desconsiderar as ilustrações nela presentes – justamente para que não se omitam elementos do discurso. 
Diante de tais conceitos, é mais do que visível que Ruth Rocha usou de elementos imagéticos de forma criativa e perspicaz, pois qual o melhor meio para se falar de bullying e de diferença senão com a figura de uma baleia estampada?


RUTH ROCHA: O AMIGO DO REI

 Ruth Rocha, eleita para a cadeira n°38 da Academia Paulista de Letras, tem formação em Sociologia e atua há longos anos área de educação. Essa mescla de visões parece ser o motor propulsor que guiou a autora a escrever obras das mais importantes na literatura infantil brasileira, a exemplo de Marcelo, Marmelo, Martelo; O Pintinho que nasceu quadrado; Romeu e Julieta; e O amigo do rei.                  Na obra O amigo do rei, publicada em 2009 pela Editora Salamandra, retrata dois meninos de raças diferenciadas: branca e negra, que nasceram em lugares diferentes e, portanto, vivenciam distintas realidades: o personagem Matias, escravo, nasceu na senzala; e o personagem Ioiô, livre, nasceu na casa-grande da fazenda. 

Imagem 1 – Capa da edição da Ed. Salamandra, 1999 (Col. Vou Te Contar).

             No decorrer da história, os personagens tornam-se amigos e um ajuda o outro nas necessidades que acontecem no caminho. O personagem Matias torna-se rei de sua aldeia; e Ioiô leva adiante essa amizade durante toda sua vida.
             O que chama atenção na história é que Ruth Rocha trabalha com o fato de que os amigos lutam juntos pela vitória da liberdade. Na despedida, ápice do pathos da narrativa, os personagens se despedem com emoção:
   Um dia a gente se encontra, quando o meu povo não for mais escravo. E Matias voltou para a sua aldeia e muito lutou por sua gente. Para que ninguém fosse escravo nunca mais. Muitos lutaram também, lado a lado. Muitos negros, mulatos e brancos. E entre eles, Ioiô: o amigo do Rei.
          A autora propõe trabalhar com uma temática visceral da realidade brasileira: o combate ao preconceito de raça. Para a criança leitora, fica a mensagem: “todos somos iguais”, apesar de desde muito cedo vivenciarmos a diferença entre as classes econômicas. Ruth Rocha enfatiza a questão do respeito ao próximo, da ética e do convívio social diário.
    As imagens retratadas na obra são de grande interesse para os leitores infantis, em especial pelo desenrolar do enredo, notado no diálogo entre os personagens:

Matias, às vezes, contava a Ioiô:
Sabe, Ioiô? Eu não vou ser escravo sempre, não. Um dia eu vou ser Rei...
Ioiô ria: Como é isso Matias?
É o que os escravos dizem...
Que lá na nossa terra meu pai era um grande Rei. E eu vou ser Rei, também.
Ioiô não acreditava: Só vendo.
Matias insistia: Vai chegar o meu dia...

Aqui, vemos a noção histórica e de relação do dominante/dominado descrita de um modo simples e eficaz. De fato, O amigo do rei promove a criatividade, a criticidade e a sensibilidade do pequeno leitor, que motivado por palavras positivas, também é enriquecido pelas possibilidades semânticas, sintáticas e fonéticas da língua materna. Em outras palavras, as crianças aprendem brincando o idioma e a história de seu povo.

Conclusão

            Nota-se que, no percurso das obras analisadas Vivinha a Baleazinha, O Amigo do Rei e Romeu e Julieta de Ruth Rocha, prevalecem diferenças sociais, raciais, étnicas e culturais dos personagens. A autora recria cenas que coincidem com situações experimentadas pelas crianças, aliadas aos detalhes das ilustrações que realçam ainda mais o grau de empatia que texto propõe, adquirindo um caráter identificador para quem o lê.
            Em Vivinha a Baleazinha, a autora apresenta uma personagem disposta a interagir com o mundo em que está presente mesmo com o suposto entrave de sua pele estampada, que na realidade demarca o quanto ela é exuberante, e como se dá sua adequação no espaço em que convive o qual leva os outros animais marinhos perceberem como ela deve ser respeitada. Em Vivinha é permitido através das ilustrações as crianças ensaiarem reflexões sobre: como o mundo é colorido e diversificado?, O que seria de nós sem a alegria das cores? Como as pessoas seriam se nossa pele, por exemplo, exibisse apenas uma tonalidade de cor? São questões simples, pequenas, mas já direciona a criança no caminho da reflexão.
             Já em O Amigo do Rei, os personagens Ioiô e Matias demonstram como a escravatura interferia nas relações de amizade entre negros e brancos, e como eles superaram as imposições sociais da época de forma inusitada e corajosa, além disso, a autora  presenteia as crianças com ilustrações que tiveram como fonte o pintor Rugendas, grande mestre que percorreu o Brasil em busca de cenas autênticas do cotidiano brasileiro, principalmente o dos negros.
            Por fim, Romeu e Julieta costura todas as idéias acima elaboradas, com a união dos insetos nos canteiros. Esta união salienta aos pequenos a preciosidade do ompanheirismo e a confiança no próximo, tudo isso demonstrado em ilustrações que demarcam grande parte do livro para o estímulo do sentido visual e criativo das crianças, incentivando-as a brincarem entre si e para si com a pintura e também a escrita, o que possibilita a descoberta do quanto são capazes de criarem suas próprias histórias, e tornarem-se pessoas inspiradas pelo espírito artístico literário.
               Para encerrar fica a sugestão de atividades relacionadas com as obras O Amigo do Rei e Romeu e Julieta, juntamente com o link do site Prosa dos Ventos esse destinado a divulgação de histórias, contos folclóricos, contação de histórias, teatro e muito mais relacionado ao mundo literário infantil. 





Referências


CAMARGO, Isaac Antonio. Reflexões sobre arte e ciência. In: MOREIRA, Maria Carla Guarinello de Araújo (Org.). Arte em pesquisa. Londrina: Eduel, 2005. p. 125-131.

COITO, Roselene de Fátima. A ilustração: da materialização do interpretável. In: NAVARRO, Pedro: POSSENTI, Sírio (Orgs.). Estudos do texto e do discurso: práticas discursivas na contemporaneidade. São Carlos: Pedro & João, 2012. p. 151-165.


MASSONI, Luís Fernando.  Ilustrações em livro infantis: alguns apontamentos. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, s/d. Disponível em: http://www.ceart.udesc.br/dapesquisa/files/9/02VISUAIS_Luis_Fernando_Herbert_Massoni.pdf, acessado em 19 nov. 2013.

ORLANDI, Eni Puccinelli. Análise de discurso: princípios e procedimentos. 2. ed. Campinas: Pontes, 2000a.

______. Discurso e leitura. 5. ed. Campinas: Edunicamp, 2000b.

PANOZZO, Neiva. Literatura Infantil: uma abordagem das qualidades sensíveis e inteligíveis da leitura imagética na escola. Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS). Programa de pós graduação em educação. (2001), 127p.

PIAU, Kennedy. Introdução. Arte: que conhecimento é este? In: MOREIRA, Maria Carla Guarinello de Araujo (Org.). Arte em pesquisa. Londrina: Eduel, 2005. p. 3-16.

PIMENTEL, Renata Marcelle Lara. Versões de um ritual de linguagem telejornalístico. 2008. 368 p. Tese (Doutorado em Linguística) – Instituto de Estudos da Linguagem, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2008.

ROCHA, Ruth; Eich il, Cris. O amigo do rei. Col. Vou te Contar. São Paulo: Salamandra, 2009.

ROCHA, Ruth. Vivinha, a baleiazinha – Col. Pulo do Gato – 2ª Ed. São Paulo: Salamandra, 2013.

ROCHA, Ruth. Romeu e Julieta. São Paulo: Moderna, 2013.

VIGOTSKY. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1993.

ZAMBONI, Silvio. A pesquisa em arte: um paralelo entre arte e ciência. 3. ed. Campinas: Autores Associados, 2006.

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Um comentário:

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