quinta-feira, 29 de novembro de 2012

“Nem tudo é o que parece ser” – Ruth Rocha em "A Coisa"


O ditado acima parece ter inspirado Ruth Rocha quando escreveu A coisa. Este livro conta a aventura de Alvinho, personagem principal, o qual, um dia, resolve procurar uns patins no velho porão da casa do avô. Quando chega lá e se depara com uma “coisa”, volta correndo, com medo e conta à família o que viu, achando que era um fantasma, monstro ou algo assim. Não acreditando, o avô resolve checar o que era aquilo que seu neto havia visto e retorna do porão com medo também, dizendo que havia visto algo estranho, sem definição, a qual também chamava de “coisa”. Então, a família passa a acreditar em Alvinho e seu avô, e decidem olhar também o que era essa “coisa”. Tio Gumercindo vai ao porão e volta assustado, assim como os outros. A única que se mostrava tranquila era Dona Julinha, avó de Alvinho, que decide desvendar o mistério, indo até o porão, com muito cuidado e mostrando que, na verdade, a “coisa” era um espelho meio coberto com lençol, o que causava a falsa impressão de ser um fantasma.




O livro é bem humorado, com muita ilustração e linguagem fácil. Podemos encontrar, por trás do fato engraçado, a “lição” de que nem tudo que parece ser é, na verdade, o que parece. Em outras palavras: as aparências enganam. A principal mensagem encontrada no livro é a de que nem todas as pessoas conseguem ver as coisas da mesma forma, como evidenciamos nas descrições dos personagens sobre a “coisa”:

“- Fantasma! Uma coisa horrível! Um monstro de cabelo vermelho e uma luz medonha saindo da barriga! (Alvinho)

“- A Coisa! – ele gritava. – A Coisa! É pavorosa! Muito alta, com olhos brilhantes, como se fossem de vidro! E na cabeça uns tufos espetados pra todos os lados! ( Avô de Alvinho)

“- A Coisa! É uma Coisa! Com uma cabeça muito grande, um fogo na boca.” (Tio Gumercindo)



Referências Bibliográficas:

ROCHA, Ruth. A Coisa. 2ª Ed. São Paulo: FTD, 1997.

GT 2 – Autores Consagrados

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